Filósofo cria língua universal para web e prevê nova revolução do conhecimento

domingo, 30 de agosto de 2009

Para Pierre Lévy, web semântica vai transformar maneira de fazer ciência.
Em breve, aposta francês, computadores saberão como 'traduzir' conceitos.

A internet permitiu que, pela primeira vez na história, se tornasse possível manter um arquivo universal do conhecimento e da produção cultural de nossa espécie. Mas para o filósofo francês Pierre Lévy, esse poder já começa a mostrar limitações, e é hora de promover uma “recauchutagem” na estrutura da rede.

Mas para transformar a web em uma máquina capaz de identificar a verdadeira inteligência coletiva, no entanto, Lévy prevê dois grandes desafios: a ausência de profissionais habilitados para trabalharem na organização das informações, e a necessidade da adoção de um padrão para a chamada “web semântica” – que permitirá que todo o conhecimento seja coordenado automaticamente por conceitos, e não mais simplesmente pelos links entre documentos.

A evolução proposta por Lévy - dono de uma bibliografia extensa sobre cibercultura e sobre a relação entre o virtual e o real - passa pela criação de regras para a organização das informações. Para isso, o filósofo desenvolveu uma linguagem universal capaz de compreender as ideias expressas em qualquer idioma e que, ao mesmo tempo, pode ser processada por computadores.

“Isso significaria o fim da fragmentação da informação, atualmente dividida por conta de barreiras de linguagem e escolhas diversas de sistemas de organização”, afirma Lévy.
A IEML (sigla em inglês para “metalinguagem da economia da informação”) é completamente artificial, e segue, nas palavras de Lévy, “regras bastante estritas”. Conceitos universais são codificados utilizando sequências de seis símbolos com significados primitivos: o código *E:**, por exemplo, significa “vazio”. Os símbolos são organizados em grupos de três, e cada “camada” de informação reúne três grupos anteriores. Termos utilizados constantemente ganham abreviações, o que facilita a criação de frases.

“Você está lendo um documento e identifica que ele trata sobre os conceitos ‘x’, ‘y’ e ‘z’. O computador será capaz de identificar que este documento está ligado a outros, e ajudará a filtrar, navegar e expandir seu acesso a conhecimentos correlatos”, afirma Lévy.

Ciências como psicologia, economia e sociologia seriam as maiores beneficiadas com a adoção deste código universal. Lévy acredita que as ciências humanas viverão, na próxima geração, uma revolução semelhante à que impulsionou os estudos naturais com a invenção da prensa rotativa por Johannes Gutenberg, no século XV.

“Hoje em dia, todos os dados sobre o comportamento humano podem ser reunidos no ciberespaço, o único problema é que ainda não temos a capacidade de explorar essas informações”, explica o francês. “Se alguém escreve um blog em chinês, eu não consigo ler, você não consegue ler e os programas de tradução automática, como do Google, não são muito bons. Portanto, não há comunicação”.

Mas há barreiras – reconhecidas pelo próprio criador – para transformar esse “Esperanto eletrônico” em realidade. Há outros projetos que pretendem ocupar essa “quarta camada” da internet (ver infográfico abaixo), alguns deles inclusive apoiados pelo próprio inventor da web, o engenheiro britânico Tim Berners-Lee. “Talvez não seja a língua que eu criei que será a base dessa revolução científica, mas haverá (na web do futuro) algo nesses moldes”, diz Lévy.


Se vencer a disputa científica com o diretor do consórcio da World Wide Web, Lévy verá sua linguagem enfrentar um novo problema: embora a IEML tenha sido criada para ser compreendida por computadores, o “dicionário” e a organização dos textos publicados na rede seguem nas mãos de humanos. E o filósofo acredita que, no momento, não há profissionais habilitados disponíveis no mercado para trabalharem com esses conceitos.

“É preciso ter um conhecimento muito amplo em ciências humanas, estar ciente da complexidade das culturas, dos significados, e ao mesmo tempo ser capaz de lidar com computação. É preciso ter essas duas habilidades para realizar isso”. É uma missão que tem sido abraçada por engenheiros, embora mesmo estes não estejam, segundo Lévy, totalmente gabaritados para a função. “Geralmente os engenheiros são muito bons em matemática e em lógica, mas se confudem quando o assunto é semântica.”

Encare uma corrida de bicicletas em game gratuito na web

Encare uma corrida de bicicletas em game gratuito na web


Foto: Reprodução

'Cyclomaniacs' é um jogo pequeno, mas com potencial grande. Ele tem dezenas de pistas, pilotos e conquistas para serem habilitadas. Você comanda sua bicicleta com as setas do teclado, e acumula bônus para manobras e 'turbo'. Para conseguir novos pilotos e ter acesso a mais pistas é necessário conseguir boas colocações nas corridas.



Foto: Reprodução

'Paper war' é mais um variante do clássico 'Desktop tower defense'. Seu objetivo é posicionar torres no campo de batalha para liquidar as ondas de inimigos que se aproximam, usando o mouse e atalhos no teclado. O charme é o visual 'de papel', que aumenta o efeito das destruições em fases mais avançadas.



Foto: Reprodução

'99 Bricks' combina 'Tetris' com engenharia. As peças caem do céu, como no jogo clássico, mas estão sujeitas aos efeitos da queda: elas podem se chocar, sair do lugar e derrubar toda sua obra. O objetivo é construir 'torres' cada vez mais altas - e firmes.


Confira novas imagens do game de ação 'Mass effect 2'

domingo, 16 de agosto de 2009



RPG de ação para PC e Xbox 360 será lançado em 2010.
Comandante Shepard ganha novos aliados na aventura.

Thane é o novo personagem revelado pela produtora Bioware em 'Mass effect 2'. O matador de aluguel vai ser um dos parceiros do Comandante Shepard, protagonista da série.
'Mass effect 2' será lançado em 2010 para PC e Xbox 360. Os produtores prometem mais exploração espacial e um arsenal com mais opções para o jogador

Saiba como reconhecer perfis falsos no Twitter

Páginas de algumas celebridades contam com ‘selo de autenticidade’. 
Sites oficiais, coerência do texto e buscas na web são boas pistas.

Com a popularização no Twitter -- e adesão de diversas celebridades ao site -- pode ficar difícil identificar se determinada conta foi mesmo criada pela pessoa que aparece na foto do perfil. Na semana passada, essa dúvida ganhou força, quando o Ministério Público pediu uma investigação para descobrir se Suzane von Richthofen havia mesmo criado um perfil no site. Ela está presa em Tremembé após condenação pela morte dos pais, em 2002. 

No caso de Suzane, o promotor Paulo de Palmacitou dois pontos que poderiam indicar a falsidade do perfil: erros de português, que, segundo ele, a ex-estudante de direito não cometeria, e a divulgação de informações que não correspondem à verdade (como o dia em que a jovem se encontrou com seus advogados).

Pistas desse tipo podem ajudar a revelar a verdadeira natureza do perfil, no caso de celebridades e também de anônimos. Confira abaixo cinco dicas úteis para não se enganar em meio aos "tweets" do microblog. 

 

1 – Selo de autenticidade

Com o objetivo de boicotar impostores, o Twitter criou uma espécie de selo de autenticidade para os perfis de pessoas e entidades famosas – esse “carimbo” só é dado depois que a empresa confirma a identidade. Por enquanto, essa alternativa só está disponível para pessoas bem conhecidas: celebridades e atletas, por exemplo. 

 

Foto: Reprodução


O selo "Verified Account", colocado ao lado esquerdo, acima do nome do usuário, mostra que o usuário @britneyspears representa oficialmente a página da cantora, por exemplo. No Brasil, a iniciativa ainda é rara, mas já existe: ela aparece no perfil dos apresentadores Luciano Huck e Marcelo Tas. 

 

2 – Site oficial

Uma forma de confirmar a veracidade do perfil de celebridades é verificar se o cantor/ator/atleta, por exemplo, indica a conta do Twitter em seu site oficial. Esse é o caso de Ivete Sangalo, que anunciou em sua página oficial a adesão ao microblog e também exibe nela as atualizações de até 140 caracteres. Ivete não divulgaria em seu site oficial um perfil falso, escrito em seu próprio nome. 

 

Foto: Reprodução


Essa dica também pode funcionar no caso de pessoas desconhecidas. Se seu “alvo” tiver um site pessoal, um blog, um perfil no Orkut ou no Facebook, visite esses endereços para descobrir se há alguma menção ao perfil oficial no Twitter. É bem provável que um blogueiro, por exemplo, divulgue as ultimas atualizações de seu microblog no diário virtual.

 

3 – Diga-me com quem andas

Na dúvida, veja quem o usuário do Twitter segue e por quem ele é seguido. A apresentadora Oprah Winfrey, por exemplo, tem mais de 2 milhões de seguidores – é improvável que essa quantidade de pessoas se conecte a um perfil falso. Além disso, ela segue celebridades com perfis autênticos, que aparecem no topo do ranking Twitterholic: o ator Ashton Kutcher, a atriz Demi Moore e a também apresentadora Ellen Degeneres, por exemplo. 

 

Foto: Reprodução


O mesmo vale para anônimos. Se você quer verificar se aquele João do Twitter é mesmo seu colega de classe, verifique o grupo de amigos (os seguidores e os seguidos). Os contatos (e "retweets") podem ser a confirmação para o que você procura. 

 

4 – Coerência

Investir algum tempo na análise do texto e imagens pode revelar a verdade. É muito improvável (para não dizer impossível) que um cantor popular entre o público coloque imagens associadas ao nazismo no fundo de seu perfil. Ou que uma atriz associada à proteção da natureza defenda o uso de casacos feitos com pele de animais. 

 

5 – Pesquise

Seguindo a dica número quatro, que sugere a análise do perfil, seria possível desconfiar que @vitorfasano não pertence oficialmente ao ator Victor Fasano (falta um “c” no primeiro nome). Ainda assim, a página deixou muitos internautas em dúvida antes de se tornar um ícone dos "fakes" (perfis falsos) na internet brasileira. 

No caso das celebridades, uma simples busca no Google poderia confirmar que a página do Twitter realmente não é alimentada pelo ator (leia aqui entrevista de Victor, com “c”, ao “Ego”). Em outro exemplo, se o internauta digitar "luana piovani" + "perfil falso" + “Twitter”, pode encontrar informações sobre o alerta feito pela própria atriz em seu blog pessoal.

 

 

Foto: Reprodução

 

Produzido por Veve