Novo game de 'Harry Potter' se limita a passatempos em Hogwarts

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Minigames são o destaque em 'Harry Potter e o enigma do príncipe'. 
História acompanha o filme, mas abre mão da superprodução.

Desde que a indústria do cinema percebeu que games são um bom negócio, a profecia se repete: produtora e estúdio criam um pacto, e dele surge “o game baseado no filme”. O resultado, na maioria dos casos, é trágico, como em“Homem de ferro” e “Hulk”, para não estender muito este parágrafo.

 

 

“Harry Potter e o enigma do príncipe” não escapa desse “feitiço”. O jogo chegou até a ser adiado para que acompanhasse a estreia das filas nos cinemas, e acabou derrubando ações da produtora Electronic Arts.


O game tem as vozes dos atores, desafios divertidos e uma Hogwarts construída para garantir boas horas de exploração. O aluno exemplar Harry vai jogar quadribol, fazer poções, descobrir bônus escondidos e duelar contra outros alunos. Tudo, claro, intercalado pela versão "fantasia" do que poderia ser mais um episódio de "Malhação": jovens apaixonados, brigas entre valentões e oprimidos, fatalidades não tão graves envolvendo poções, magias e vaga no gol do time de quadribol.

 

É uma rotina capaz de entreter os fãs, mas que não consegue enganar por muito tempo. O jogo, sem a superprodução do filme, não se decide entre "divertir" e "contar a história", e acaba sendo uma experiência sem momentos marcantes ou ambientação cativante. A versão de PC, com legendas em português, exige pouco mais de três horas para ser completada. Depois disso, claro, você é livre para explorar Hogwarts, encontrar os brasões restantes, disputar mais partidas de quadribol e encarar duelos de magia.

 

"Harry Potter e o enigma do príncipe" não avança muito sobre o estilo do jogo anterior ("Harry Potter e a ordem da fênix"), e mosta que os games baseados em filmes ainda precisam evoluir bastante para se aproximar das melhores produções atuais na categoria de jogos eletrônicos.

 

0 Comments:

 

Produzido por Veve